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O que fazer quando a conta dos tratamentos chegar?

Atualizado: 15 de jun. de 2018




Se a chegada de um filho já pesa no orçamento da família, quando a criança tem necessidades especiais, é preciso preparar ainda mais o bolso para os custos com terapias, tratamentos e cuidados extras. Mesmo o planejamento financeiro mais cuidadoso pode ficar comprometido nesses casos. A seguir, indico alguns caminhos e dicas para ajudar a família a se organizar financeiramente e levantar recursos para garantir os cuidados com a criança.


Manter a calma: é difícil, eu sei, mas essa dica é fundamental, pois as piores decisões financeiras são tomadas quando estamos preocupados ou agitados. As soluções criativas surgem em momentos de crise, mas é preciso calma para encontra-las. Não responda, assine ou decida nada sem pedir um tempo para pensar e dividir a situação com alguém de confiança. Acredite em você, na família e na força de sua união para superar os desafios.


Fazer as contas: Procure uma pessoa que esteja menos envolvida na situação para ajudar a organizar seu orçamento. A conta é muito simples: some todas as entradas mensais, para encontrar a receita. Em seguida, some as saídas mensais para achar a despesa. O resultado é o saldo.


Entradas – saídas = saldo mensal.


O ideal é manter o saldo mensal positivo, ou seja, maior que zero. A sobra de caixa produz fôlego necessário para auxiliar nas contas extras que virão. Se não houver sobra, existem quatro caminhos: reduzir despesas, aumentar receitas, levantar fundos ou recorrer a crédito.


Vejamos a seguir, como fazer um pouco os quatro:


#1 – Reduzir despesas: Nem preciso dizer que o tratamento virou a prioridade da família, então será necessário revisar as outras contas, fazer algumas concessões e mudanças na vida de todos para encaixar esses custos no orçamento. Reveja principalmente os gastos fixos com moradia, transporte e educação.


Não adianta cortar a pizza do fim de semana, que traz um pouco de alegria à família e pesa 1% no orçamento, se o aluguel sozinho leva 15% de tudo que a família recebe. Olhe para as grandes contas. Um carro pode custar o mesmo que um filho, quando somamos parcelas, IPVA, Seguro, Combustível, Multas, etc. Será que não vale mais a pena andar de taxi ou Uber? Reflita sobre o estilo de vida atual da família e procure dar foco ao essencial para este momento.


Invista seu tempo para pesquisar alternativas de tratamentos mais baratos ou gratuitos. Além de conhecer os tratamentos e a lista de medicamentos disponível no Sistema Único de Saúde, o SUS, procure também por universidades, clínicas e ongs que atuam para auxiliar e complementar os tratamentos de forma gratuita na sua região.


#2 – Aumentar receitas: Abuse da criatividade nessa tarefa. Pode ser que alguém da família tenha um hobby ou talento especial e possa usá-lo para fazer mais dinheiro nos finais de semana. O próprio carro que pode ser uma fonte de despesas por um lado, também pode ser fonte de receitas por outro, se for usado como Uber, por exemplo. Já pensou em fazer renda extra hospedando gatos e cachorros na sua casa? Sites como Bichomaps e Dog Hero trazem esta alternativa.


Outra dica é vender roupas ou objetos sem uso e alugar cômodos ociosos da casa. Alguns sites como o Mercado livre, o Enjoei, a OLX e o AirBnB ajudam você a gerar renda com tudo que estiver parado.


#3 – Levantar fundos: A situação pede uma ação mais urgente, um volume de recursos maior? Hoje em dia, com a internet é possível sensibilizar a família, os amigos e até estranhos a colaborar financeiramente para auxiliar você a pagar as despesas do tratamento do seu filho. Sites como o Vakinha e o Benfeitoria viabilizam essa alternativa. Não tenha vergonha de pedir ajuda, mas use as ferramentas com consciência e seja muito transparente sobre o destino do dinheiro obtido.


#4 - Recorrer a crédito: Em último caso, existe sempre a opção de recorrer a produtos financeiros para cobrir despesas médicas e tratamentos. Algumas opções de crédito pessoal para saúde já estão disponíveis em cooperativas e financeiras. Além disso, as opções de crédito consignado e refinanciamento de carro e casa podem oferecer taxas mais baixas e prazos mais longos para pagar. Mas essa alternativa requer muitos cuidados que vamos abordar no próximo post.


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Andy de Santis é autora de livros, planejadora financeira pessoal, consultora de empresas e co-fundadora do Brincadeiras de Valor – Soluções Lúdicas para Educação Econômica.

http://www.andydesantis.com.br/

www.facebook.com.br/brincadeirasdevalor

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