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Tumoração no ombro de crianças






Pseudoartrose congênita da clavícula:

O termo pseudoartrose significa interrupção do processo de consolidação óssea, podendo ocorrer após fratura ou de origem congênita.

Na pseudoartrose congênita da clavícula, ocorre a formação de dois fragmentos que não são unidos e formam uma falsa articulação.

Por que ocorre?



A clavícula é desenvolvida a partir de dois núcleos ósseos que se unem dando origem a um único osso.

A principal teoria, seria de uma falha de origem congênita na união dos dois núcleos de ossificação, dando origem à uma falsa articulação entre os fragmentos e uma consequente tumoração local.

Como é suspeitado?


Clinicamente, o que os pais notam é o surgimento de um caroço (tumoração) na clavícula, indolor e de crescimento progressivo.

A mobilidade do ombro e do pescoço é normal.

Há uma evidente preocupação com a tumoração observada e a opinião médica é necessária.

A clavícula é um osso superficial e qualquer alteração na sua anatomia, logo é percebida pelos familiares.

O diagnóstico diferencial:

Uma das principais causas de aumento de volume na clavícula de recém-nascidos é a consolidação de fraturas que ocorreram por ocasião do nascimento (tocotraumatismo), em partos de difícil extração e traumáticos.

Nestes casos, há o relato dos familiares de que a criança apresentava na maternidade, dor à manipulação do ombro, menor movimentação ativa do braço do lado da fratura, seguido pelo surgimento do caroço ósseo.

Essa história, associado à imagem radiológica de calo ósseo, faz o diagnóstico e orientações quanto à evolução favorável para resolução espontânea do caroço, devido à remodelação óssea.

Disostose cleidocraniana:


Trata-se de uma patologia congênita em que a criança nasce sem uma parte da clavícula ou até mesmo, completamente sem clavícula.

O exame clínico associado a imagem radiológica faz o diagnóstico.

A pseudoartrose congênita da clavícula pode ocorrer em ambas as clavículas, porém é mais comum no lado direito.

A função do ombro geralmente é absolutamente normal.

Algumas crianças referem algum desconforto intermitente e mal localizado, não exigindo uso de analgésicos para alívio sintomático.

A principal queixa de familiares diz respeito à tumoração local, que oferece aspecto estético desfavorável, pois é bem visível em um osso que é superficial.

Quando a tumoração for grande e causar desconforto, seja pelo seu tamanho ou por alguma queixa dolorosa local, mesmo que intermitente, o tratamento deve ser oferecido.

O tratamento:



Tem por objetivo a ressecção da tumoração óssea e a obtenção da união dos fragmentos ósseos da clavícula.

A única forma de tratar é com cirurgia ortopédica.

A pseudoartrose deve ser completamente ressecada e a enxertia óssea deve ser realizada com fixação interna, para a obtenção da consolidação e correção da deformidade.

O osso utilizado para enxerto é da própria criança e retirado da crista ilíaca (osso da bacia).

Os melhores resultados são obtidos em crianças operadas após os 4 anos de idade.

Os resultados operatórios são excelentes e a satisfação de familiares muito grande.



Um abraço a todos!


Dr. Maurício Rangel é formado em Medicina pela Faculdade Souza Marques (1994) e médico Ortopedista Pediátrico. Trabalha atualmente em consultórios com atendimento ambulatorial e cirurgias ortopédicas pediátricas eletivas. Especialista em diversas patologias musculoesqueléticas em crianças e adolescentes e cirurgias relacionadas.

Consultório: Barra Life

Av. Armando Lombardi, 1000 – sala 231, bloco 2, Barra da Tijuca | Rio de Janeiro

Telefone para contato: 3264-2232/ 3264-2239




Criança e Saúde

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