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Desfralde - dicas para dar tchau ao xixi e cocô na fralda




Primeiramente, paciência, persistência e dedicação são as palavras chaves para esse tempo tão esperado. Também é importante saber que cada criança tem seu tempo, maturidade motora e cognitiva. Especialistas como médicos, terapeutas e pedagogos dizem que a partir de 1 ano e seis meses até os dois anos a criança começa o processo de adquirir o controle sobre os esfíncteres.


Como e quando saber se a criança está preparada para o desfralde?


Alguns sinais importantes para os pais e responsáveis estarem atentos podem ser:

➡Quando a criança indicar que a fralda incomoda;

➡Se transparece nojo ou estranhamento por conta da fralda;

➡Se sinalizar que está fazendo xixi ou cocô;

➡Ausência de enurese noturna (ausência do xixi na cama);

➡Ausência de incontinência ou problemas no aparelho excretor e intestinal;


No entanto, vale ressaltar que o desfralde noturno tende a ser um pouco difícil, porque ocorre no período de inconsciência, estágio mais lento decorrente ao nível de alerta estar reduzido pelo efeito do sono. Condição esta que exige maior condicionamento neurológico.


Deve -se sempre investir no lúdico incentivando o momento de dar tchau ao xixi e ao cocô. Contando histórias, mostrando desenhos, cantando músicas para ida ao banheiro também pode ajudar neste processo.


Os penicos e vasos musicais são excelentes para esse momento de independência e autonomia. Brincadeiras com massinha, tinta em bonecas(os) favorecendo a ida da criança ao banheiro, possibilitando a retirada da fralda, criando consciência na criança para dar adeus a fralda.


E nos casos de criança com deficiência?


Dependendo do nível motor é possível, e caso a criança tenha condições de locomoção e fazer a transferência da cadeira de rodas para o banheiro, por exemplo. Quanto mais precoce for estimulado, melhor será o desfralde.


> Indico a leitura do blog Manu Princesa onde a mãe traz o relato de experiência da filha com traqueostomia e gastronomia e o processo de desfralde.


O importante é sempre manter a calma. Cada criança tem seu tempo. Forre o sofá ( providencie plásticos para o sofá e cama) e tenha perto sempre algo para limpar o chão . Reserve uma gaveta no banheiro para trocas de short, calcinha e cueca, nos casos que o xixi escapar.


Use sempre palavras de incentivo (consegui, parabéns…) e quando escapar fora do vaso, respire e leve a criança para o banheiro dizendo “Xi escapou, xixi no vaso. Poxa vamos dar tchau no vaso.“ Mesmo escapando fora do vaso, incentive a criança ir ao banheiro usar o chuveirinho ou papel higiênico e trocar a roupa.


Não desista. Não compare com outras crianças, cada criança tem sua estratégia e com esforço, paciência e persistência dos pais valerá a pena. Uma vez que tirar a fralda, procure não voltar atrás. Válido para crianças com e sem deficiência.


Neste momento tenha em mãos a mochila da criança equipada com mudas de roupa para qualquer imprevisto fora de casa. Como terapeuta ocupacional gosta e tem domínio em trabalhar com atividades de vida diária, costumo dizer que a mochila da criança é um grande aliado para estimular a independência e autonomia.


Boa sorte e conte comigo caso precisar!


 

Jaqueline Mourão, Terapeuta Ocupacional,  graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Realizo atendimentos em crianças com sequelas neurológicas, síndrome de Down, autismo e atraso no desenvolvimento motor, cognitivo, sensorial e dificuldade de aprendizagem que dificulta o desempenho ocupacional na realização das atividades de vida diária. Durante os atendimentos sou adepta a prática da integração sensorial como técnica de estimulação e desenvolvimento do sistema vestibular, proprioceptivo e sensorial como forma de reduzir as sequelas e os estímulos exacerbados do meio. Faço parte do Movimento Pró vida, em defesa dos nascituros, da intra e pós uterina, desde a concepção até o nascimento e desenvolvimento do recêm –  nascido. Estou em constante defesa diante de apresentações e exposições orais da inclusão escolar e como a terapia ocupacional pode e deve colaborar e intervir durante o processo de inclusão escolar.

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